março 23, 2009

Blog # 314

Vivemos de símbolos e de mitos. Isto vem a propósito do filme “Che: O Argentino”, de Steven Soderbergh. Ernesto Guevara de la Serna foi um rapaz do seu tempo (‘Diários de Motocicleta’, de Walter Salles, é o seu panegírio), um ‘herói da revolução’. Os mitos são amados – pelo menos até que a revolução se decomponha. Tanto o filme de Salles como o de Soderbergh são servidos por dois actores bonitos, Gael García Bernal e Benicio del Toro. Essa beleza (como a de Cristo) prolonga o mito mas tem pouco a ver com a verdade e com a decomposição do rosto de Guevara, que gostava de fuzilamentos e tinha um gatilho irregular. Prolongar o mito vende mais t-shirts. Mas depois de contar os mortos que a revolução deixou para trás, custa a crer que o guevarismo continue a devorar Guevara.

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Para perceber melhor a realidade editorial, leia-se ‘A Edição de Livros e a Gestão Estratégica’, de José Afonso Furtado (Booktailors). Custa a crer que Furtado não seja ouvido pelos burocratas quando se trata de falar do Livro.

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FRASES

"Perdi algumas calorias como num debate mensal no Parlamento." José Sócrates, depois da prova da Meia-Maratona, ontem, no CM.

"É tão difícil nomear um provedor de justiça como encontrar a Maddie McCann." Pedro Vieira, no blogue Irmão Lúcia.

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