março 16, 2009

Blog # 309

'A Corte do Norte' é um dos mais belos e enigmáticos romances de Agustina Bessa-Luís. Para isso contam não só o talento eterno e o altíssimo momento da autora na época (1987) mas também o cenário (a Madeira) e um enredo pós-romântico de traições, paixões e desacertos. Nessa altura, a crítica e a academia não lhe prestaram muita atenção (praticamente, só a aclamaram de novo em ‘Vale Abraão’, deixando passar em branco duas obras monumentais, ‘Prazer e Glória’ e ‘Eugénia e Silvina’). João Botelho redescobriu o génio de Agustina filmando ‘A Corte do Norte’, um retrato sublime de homens e mulheres atraiçoados pelo destino, como só ela soube pintar, com estilo, ironia, crueldade e (aí está o segredo) clemência para com os desesperados. É um romance muito belo, que se deve reler.

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Ele é genial como escritor e aborrecido como político (sobretudo na última década). A Dom Quixote reedita, em Abril, um dos seus livros mais emblemáticos: ‘O Espião que saiu do Frio’ de John Le Carré – aventura de espionagem e solidão.

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FRASES

“Voltei à linha justa." João Botelho, sobre o seu filme ‘A Corte do Norte’, ontem, no CM.

Todos somos especiais – até percebermos que no Facebook são 175 milhões de malucos ao mesmo." José Pimentel Teixeira, no blogue Ma-Schamba.

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