março 05, 2009

Blog # 302

Manuel Alegre publicou um poema sobre o alargamento do terminal de contentores de Alcântara. É uma iniciativa como qualquer outra, mas em verso. Os militantes socialistas, aliás, quando querem desvalorizar “o camarada Manuel Alegre”, salientam sempre “o maior respeito pelo poeta”; o que quer dizer o seguinte: não concordo nada com ele e preferia que se calasse, mas enfim, ele escreve versos. Só com grande esforço se pode apreciar o conjunto de quadras publicadas ontem, no seu blogue pessoal. Há causas boas servidas por poesia sofrível ou, mesmo, má. Neste caso, Alegre apenas consegue rimas, o que é pouco – fica-se por um fadinho. Naturalmente, podemos interrogar-nos sobre a qualidade da política feita em verso, já que, quanto aos versos, estamos falados, pelo menos desta vez.

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É o regresso de um dos melhores moçambicanos: ‘Pneuma’, de Luís Carlos Patraquim (edição Caminho), que vive em Lisboa há muito tempo. Poemas entre a ‘gravidade do violoncelo’ e a mais pura modernidade africana.

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FRASES

“Fui ver o filme ‘The Wrestler’ e lembrei-me do Drulovic." Pedro Vieira, no blogue Irmão Lúcia.

“A vida é sempre curta demais para fazermos tudo." Manoel de Oliveira, ontem no CM.

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