setembro 29, 2008

Blog # 191

Felizmente que os portugueses assinalam o centenário da morte de Machado de Assis – com um colóquio internacional na Gulbenkian, colóquios, leituras e conferências diversas, aqui e ali. Desta forma, corrige-se um pouco o erro de Eça de Queirós, que tratou "o mestiço" com arrogância de europeu, ciente – na época – de que não se escrevia decentemente a sul do equador, e que não respondeu às cartas enviadas pelo autor de 'Dom Casmurro'. Raros autores têm a felicidade de, no mundo da Língua Portuguesa, serem tão lidos como Machado, uma espécie de fundador do romance moderno. Hoje, ler 'Memórias Póstumas de Brás Cubas' é reencontrar a alegria do romance, e é uma pena que muitos autores contemporâneos não tenham aprendido essa lição de humor e de modernidade. Mas estamos a tempo.

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A Gradiva publicará em Novembro "O Filho Eterno", um admirável livro de Cristóvão Tezza – um romance sobre um pai e um filho com síndrome de Down. O livro acaba de obter o Prémio Jabuti no Brasil, onde foi publicado pela editora Record.

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FRASES

"Na política não há nada de novo. Tudo parece envelhecido. E sem saída." R.P., no blogue Anatomia da Melancolia.

"José Sócrates é o anti-Guterres." Mário Soares, ontem no CM.

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