julho 02, 2008

Blog # 128

A justiça não pode ser feita com preconceitos. Um deles, o mais grave, é o da admissão prévia da culpabilidade dos suspeitos, ainda nem sequer acusados – uma espécie moderna de ressentimento e de maldade. Os casos Apito Dourado e Maddie são exemplos disso e de como a opinião pública pode perder a confiança nas investigações e na própria justiça. Chegámos a um impasse e regressámos ao ponto em que 'as coisas vão dar em nada'. Por mais que o Ministério Público recorra automaticamente (como manda o PGR) fica a desconfiança sobre os métodos, as razões e os orçamentos gastos numa investigação que pode acabar afogada em desprestígio. A justiça tem de ser mais cuidadosa com o foguetório que lhe gasta os fundos, lhe malbarata a credibilidade e a associa a gente muito duvidosa.

***

Hoje começa o Festival de Parati (FLIP), no Brasil. Autores, editores e muitos leitores invadem a cidade para falar e ouvir. De Portugal, J. E. Agualusa, J. L. Peixoto, Inês Pedrosa, Patrícia Reis e eu próprio – os livros não acabam.

***

FRASES

"Certas pessoas do Ministério Público acusam com uma leviandade e negligência terríveis." Vasco Lobo Xavier, no blogue Mar Salgado.

"[Rebelo de Sousa] não tem os mesmos padrões de rigor e honestidade intelectual que eu." Ministro Jaime Silva, ontem no CM

Etiquetas: