abril 18, 2011

Blog # 846

O CM informa que durante o mês de fevereiro, nos EUA, já foram vendidos mais livros eletrónicos do que em papel. Em Portugal, estamos longe disso mas é provável que daqui a seis ou sete anos a proporção dos números seja muito semelhante à de hoje nos EUA. Continuo com dúvidas, ao contrário dos otimistas que vêem benefícios em todas as novidades. Ao contrário, acho que há novidades que não trazem grandes vantagens ou que, pelo menos, funcionam como uma distração. Ler é ler. Por vezes, exige concentração, silêncio, disponibilidade, portas fechadas. Por vezes, exige-nos inteiros, sem internet nem informação excessiva. O livro pode ser um ‘gadget’ miraculoso e brilhante, em papel ou noutro formato – o importante é que o número de leitores não diminua nem seja desperdiçado. *** A Sextante acaba de publicar ‘Até ao Fim. A Última Operação’, de António Vasconcellos Cardoso – a revisitação de um combate derradeiro na Guiné, durante a guerra colonial, enquanto acontece o 25 de Abril em Lisboa. Um olhar militar. *** FRASES "Ninguém disfarça. A começar pela própria União Europeia que, ao contrário do FMI, quer sangue." João Pereira Coutinho, ontem, no CM. "Fernando Nobre nem sonha com os dias que estão para vir." José Medeiros Ferreira, no blogue Córtex Frontal.

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