Blog # 841
Uma vida inteira. Isso podia ser dito de Sidney Lumet (1924-2011), que morreu este fim de semana. Um homem que encenou Tennessee Williams, Eugene O’Neill, Miller ou Tchekhov, que trabalhou com Al Pacino, Brando, Paul Newman, Sean Connery, Katharine Hepburn, Dustin Hoffman, Henry Fonda, Faye Dunaway, Robert Duvall ou até River Phoenix e Sharon Stone – seria sempre um homem feliz. Havia nos seus filmes uma disponibilidade e generosidade crítica, o que nos salvou de sermões ideológicos sobre "como o mundo devia ser", mas não nos poupou ao seu realismo nova-iorquino (no cinema e na TV), misto de sofisticação e de sujidade (o de ‘Serpico’), de tragédia e de amor profundo, tenso. Os filmes de Lumet resistiram, com brilho, ao tempo e à banalidade.
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