novembro 30, 2010

Blog # 747

Ai dos artistas quando chegam ao Ministério da Cultura. Ontem, numa entrevista ao ‘Público’, o diretor-geral das Artes, João Aidos, nomeado em Julho pela Ministra da Cultura, diz que o primeiro-ministro tem “falta de estratégia política” e manifesta muitas dúvidas sobre a forma como o governo orienta a sua “política cultural”. Nada que não se soubesse, mesmo sem lá estar antes. Mas, estando – há um dever de solidariedade e, até, de silêncio. Ou, então, dado o panorama ser tão dramático, dizer o que tem a dizer, mas não esperar grandes festejos. Não pode é dizer que “se saísse [do cargo], era um descalabro”. Não era. Descalabro é o que, de uma maneira ou outra, está desenhado no organograma e na matriz do ministério. Mas isso é uma coisa. Outra, é ser franco-atirador.

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Hernán Rivera Letelier é um notável narrador chileno. A Ulisseia acaba de publicar ‘Os Comboios Vão para o Purgatório’: o cenário, deslumbrante, é o do deserto de Atacama – e só isso bastava para o recomendar. Mas há muito mais.

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FRASES

"Os espertalhões que sabem colocar-se ao lado de quem vai ganhar, não terão guarida." Pedro Passos Coelho, ontem, no CM.

"Uma pessoa de esquerda pode ser de esquerda. Uma pessoa de direita não pode ser de direita." Henrique Raposo, no blogue Clube das Repúblicas Mortas.

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