maio 12, 2010

Blog # 606

Enquanto o país bem-pensante e ateu discute (com toda a legitimidade e com o esperado excesso de petulância), a vinda de Bento XVI a Portugal, é preciso dizer o essencial: além de papa, Joseph Ratzinger é uma das grandes figuras da Europa intelectual de hoje. Ao contrário do que é norma hoje em dia, em que qualquer candidato a médium do senso-comum ou do espetáculo tem os holofotes da popularidade a servi-lo, os problemas que Ratzinger coloca (mesmo para um não católico) não são populares, nem simpáticos, nem atrevidinhos. Não caem, portanto, no albergue da leviandade. Pelo contrário. Numa Europa sem sal e num mundo sem desígnio, a sua mensagem está cheia de preocupações, de interrogações e de conflitos. Conviria escutá-lo e lê-lo. Depois, sim, falaremos em condições.

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Está quase a chegar às livrarias o novo romance de Pedro Rosa Mendes, ‘Peregrinação de Enmanuel Jhesus’ (D. Quixote) – uma reescrita polémica (e notável, tão bem escrita) da história recente de Timor Leste.

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FRASES

"Mal saem de casa, os homens ficam solteiros; basta perfume de mulher inundar-lhes as narinas." Teresa C., no blogue Sem Pénis nem Inveja.

"O Estado funciona como os maus polícias. Quando não tem opções, ataca os suspeitos do costume." Armando Esteves Pereira, ontem, no CM.

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