abril 30, 2010

Blog # 598

O bastonário da Ordem dos Médicos defende que os cidadãos têm o direito de saber que parte dos seus impostos vão para a área da saúde. Tem toda a razão. Em Portugal, é pecado falar do “dinheiro dos contribuintes”, como se os impostos fossem matéria em segredo de Estado. Também convinha saber o que vai para as Obras Públicas, para a Justiça, para a Educação – e, naturalmente, para a Cultura. E devíamos perguntar se os contribuintes estão na disposição de pagar o que pagam. Haveria mais transparência, com certeza. E mais surpresas. Por exemplo, ontem, a ministra da Cultura disse que a Feira do Livro de Lisboa “evidencia o peso económico do setor editorial na criação de riqueza”. Fez bem. De facto, apesar da iliteracia galopante, o livro ainda resiste sem apoios e subsídios.

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Um livro divertido e útil: ‘Histórias Rocambolescas da História de Portugal’, de João Ferreira (Esfera dos Livros), com prefácio de Ferreira Fernandes e muitos episódios para destruir os mitos da nossa História. Um mimo.

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FRASES

"[Sócrates] transpôs para a política o discurso inebriante que celebrizou Vale e Azevedo." Octávio Ribeiro, ontem, no CM.

"O futebol parece-me uma metáfora da política. Só os resultados contam." Pedro Correia, no blogue Delito de Opinião.

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