janeiro 14, 2011

Blog # 780

Ontem os Xutos & Pontapés assinalaram 32 anos de carreira num concerto que deve ter revisitado as suas memórias – e as nossas memórias. Eles fazem parte das nossas vidas. Sem os Xutos, o rock português teria sido muito mais pobre, mais “maneirinho” e mais acrílico. Com menos intensidade e menos autenticidade. Há canções dos Xutos & Pontapés que a nossa memória não cede ao esquecimento, essa doença que também se pode designar por “ingratidão”. O tempo, mesmo sendo devorador e cruel, não apagou parte dessa vida possível que as suas canções transportaram como um archote. De certa maneira, a sua carreira acompanha os grandes momentos da nossa história portuguesa, lendo-a de um lado aventureiro, sem corrupção nem falsas alegrias. São uma grande banda. Um grande registo.

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Acontecimento: a Tinta da China (quem mais?) lança o álbum de recordações de ‘Quim e Manecas’, a nossa primeira banda desenhada, de Stuart Carvalhais – com estudo e organização de João Paulo Paiva Boléo. Às livrarias, cidadãos.

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FRASES

"As previsões valem o que valem e nos dias de hoje não valem nada." António Ribeiro Ferreira, ontem, no CM.

"O FMI recusou-se a vir pois percebeu que uma legião de declamadores de poemas o esperava." Helena Matos, no blogue Blasfémias.

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