agosto 27, 2010

Blog # 682

Antigamente, escrevíamos com canetas, aparos, lápis. Vieram as esferográficas, os feltros – e os computadores, naturalmente. Exceto alguns maníacos, entre os quais me conto, que continuam a prezar o papel em que desenham a letra com caneta de tinta permanente, escreve-se cada vez menos à mão. A Papelaria Fernandes fecha as suas portas (quase) e é um mundo que também termina. O mundo da caligrafia (cadernos de linha estreita, lembram-se?), o mundo da mão, o mundo do papel. Os tempos estão pouco para sentimentalismos, é certo, e muita gente se queixa sobre o desperdício de papel sem, no entanto, se interrogar sobre o que vão fazer a tanto lixo informático acumulado de ano para ano. Uma pessoa devia ter saudades dos seus cadernos, das suas papelarias. Da sua caligrafia.

***

LIVROS DE VERÃO (39). Para acabar o mês leia ‘Três Homens num Bote’, de Jerome K. Jerome (Cotovia): no Tamisa, no fim do século XIX, a viagem mais divertida de toda a literatura. São três loucos e um cão a quem tudo acontece.

***

FRASES

"Privatizar a RTP é pouco, podem acabar com todos os 4 canais." Afonso Azevedo Neves, no blogue 31 da Armada.

"Sou novo mas não estúpido." André Villas-Boas, treinador do FC Porto, ontem, no CM

Etiquetas: