setembro 24, 2009

Blog # 446

O governo português decidiu, certamente por razões elevadas, apoiar Farouk Hosni para diretor-geral da Unesco. Esperava-se isso de toda a gente menos de Luís Amado, embora também não se esperasse de Luís Amado que fosse à Líbia abraçar um protetor e financiador do terrorismo. Os negócios a isso obrigam. Mas convinha sabermos que razões levam o nosso governo a apoiar para tão alto cargo de cultura um homem que prometeu queimar livros na biblioteca de Alexandria, censor encartado, mentiroso, além de cúmplice em várias prisões arbitrárias e ilegais. Enquanto o chefe da nossa diplomacia não prestar esclarecimentos públicos sobre as misteriosas razões deste surpreendente apoio a Farouk Hosni, temos não apenas o direito mas o dever de desconfiar dele. Há limites para quase tudo.

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A Dom Quixote prepara, para o fim deste mês, a reedição das primeiras obras de António Lobo Antunes (‘Os Cus de Judas’ e ‘Memória de Elefante’), assinalando os trinta anos de vida literária do escritor. Datas para reviver, claro.

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FRASES

"Parem tudo. Está a dar um filme do Chuck Norris no Hollywood." Henrique Raposo, no blogue Clube das Repúblicas Mortas.

"Sócrates governou demasiado à direita, e vai perder a maioria absoluta à esquerda." Domingos Amaral, ontem, no CM.

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