abril 03, 2009

Blog # 323

Quinze anos depois da morte de Agostinho da Silva, o velho filósofo e professor deve ser lembrado. O tempo deu-lhe razão – não porque tivesse defendido um sistema, uma teoria, um regime, um princípio geral do funcionamento da economia ou da sociedade. Mas porque fazem sentido, hoje, as inquietações que semeou em vida. Num mundo cada vez mais vigiado, cheio de pequenos mandarins e dominado por gente inculta e ignorante (são duas coisas diferentes), incapaz de ver mais longe do que o seu nariz, as observações de Agostinho da Silva deviam ser recordadas. Ele sabia. Ele sabia que, um dia, pelo caminho que as coisas levavam, um dia nos faltaria ‘modo de vida’, capacidade de inventar e de imaginar. Portugal está doente também por isso. Por estar entregue a gente sem ideia de vida.

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Com prefácio de Nicholas Shakespeare e usando a velha tradução de Maria Ondina Braga, a Casa das Letras reeditou um dos livros mais fascinantes da literatura inglesa, ‘O Cônsul Honorário’, de Graham Greene. Não se pode perder.

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FRASES

"Tenho sempre de arranjar um bocadinho de tempo para oportunidades como esta." Catarina Furtado, que no filme ‘Monstros vs. Aliens’ interpreta um papel de monstro, ontem, no CM.

"Os trópicos continuam a produzir mais fêmeas do que machos. A natureza tem sempre razão." Manuel Jorge Marmelo, no blogue Teatro Anatómico.

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