setembro 07, 2009

Blog # 434

O pintor João Vieira (1934) morreu este fim-de-semana; com ele desaparece alguma memória da sua geração e um dos nomes da arte moderna portuguesa – e fica cancelada, para já, a retrospectiva que estava em preparação. Feita de profundíssimas cores, a pintura de João Vieira evoca – em mim – a memória da sua terra natal, Vidago, com os seus bosques cerrados, os seus crepúsculos ardentes e alaranjados, a ondulação das montanhas. É provável que nada disso tivesse existido na sua pintura, que teve mais seguidores do que devedores. Ficará naturlamente registado como um dos grandes mestres das nossas artes plásticas, o que é pouco para a intensidade do seu trabalho e para a generosidade que dedicava aos outros. Por esta altura do ano, os crepúsculos do Vidago ardem em sua memória.

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Está a sair, pela Tinta da China (na colecção dirigida por Carlos Vaz Marques), o livro de viagens de Alexandra Lucas Coelho no Oriente: ‘Caderno Afegão’. Uma visitação ao Afeganistão em chamas, em cinza, em turbulência. A não perder.

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FRASES

"Não é credível que a Prisa [dona da TVI] decidisse, fosse o que fosse, à revelia do PS." Henrique Neto, ex-deputado do PS. Ontem, no CM.

"Os sonhos na literatura costumam ter má imprensa." Rogério Casanova, no blogue Pastoral Portuguesa.

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