janeiro 09, 2009

Blog # 263

Muitas coisas se poderiam dizer sobre Bénard da Costa e o seu papel à frente da Cinemateca Portuguesa, que agora abandona. Uma delas tem a ver com a sua paixão pelo cinema (o seu olhar aproxima-se do cinema como um tigre amável, devorando-o sem crueldade), obviamente. Outra, com as suas escolhas para a programação, sempre discutíveis ou indiscutíveis – mas boas. A Cinemateca, graças a Bénard e às suas equipas, transformou-se num lugar essencial da nossa geografia cultural. Talvez ela precise de outro sangue, e Pedro Mexia é um nome capaz de renovar a casa. Eu lembro sobretudo os seus textos (sobretudo um deles, o mais notável e genial, intitulado "As Mamas de Jane Russell") e o seu sofrimento amoroso pelo cinema. E acho que ele merece a nossa homenagem. E o nosso respeito.

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Advirto-vos que há leitura: a Dom Quixote acaba de publicar (tradução de Ana Maria Chaves) 'Nostromo', de Joseph Conrad. O subtítulo ('Uma história à beira-mar') é grandioso. Mas o livro lembra o poder extraordinário da literatura.

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FRASES

"Não deveria ser a governante [ministra da Saúde] a falar sobre Programas Nacionais de Saúde." Fonte do PS, ontem no CM.

"O Quique Flores [era] uma Carmen Electra. Apresentava um peito protuberante e distractivo." Padinha, no blogue Obrigado Sá Pinto.

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