dezembro 12, 2008

Blog # 245

Durante o dia de ontem muitos portugueses se perguntaram sobre o que tinham eles a ver com Manoel de Oliveira. Tem sentido, a pergunta – sobretudo porque o cineasta fez cem anos. Gostando ou não de Oliveira, ele transformou-se num monumento, e um monumento raramente se discute; está ali, à chuva, atravessado pelas intempéries, sujeito às caganitas dos pombos e à passagem das estações, é visitado para homenagens e fotografado pelos turistas. Oliveira, portanto, merece – é um monumento que mostramos com dignidade e algum orgulho. Não concordo com aquele crítico espanhol que referiu Oliveira como um dos cineastas mais livres do mundo. Essa 'liberdade' foi possível com o generoso dinheiro do Estado e dos contribuintes, o que também foi uma sorte para o seu talento. Não é para todos.

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Está decidido, por princípio: a Feira do Livro de Lisboa abre a 23 de Abril no Parque Eduardo VII com stands e áreas diversificadas e consensuais. Tudo a tempo de os stands irem para o Porto, cuja feira abre depois da da capital.

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FRASES

"Estima-se que a visita do Arsenal à Invicta tenha deixado espalhados pelo país 6.000.000 de melões." Vasco Lobo Xavier, no blogue Mar Salgado.

"Não sei de quantos crimes sou acusado porque ainda não fiz realmente a contabilidade." Hugo Marçal, réu do processo Casa Pia, ontem no CM.

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