abril 09, 2008

Blog # 68

Conheci Ramos-Horta em Timor, conversámos sobre ninharias e gostei dele. Uma pessoa gosta dos outros sobretudo numa conversa deste género – sobre ninharias. Mas ser presidente da República de Timor não é uma ninharia; supõe uma responsabilidade institucional, uma missão de sacrifício e um projecto nacional. O atentado contra Ramos-Horta a 10 de Fevereiro passado pode ter sido um golpe cruel na boa-fé de um homem que foi eleito e que assumiu um compromisso com o seu povo – mas, por muito que compreenda as suas razões pessoais, não é aceitável que tenha escolhido a véspera de regressar a Díli para dizer que gostaria de abandonar a presidência e escrever os seus livros. Ele é um homem honrado, corajoso e tenaz – mas não pode ficar para a história como 'o presidente que abandonou o seu mandato' ou por causa de pressões que não conhecemos ou por causa das balas covardes que o atingiram. Como se sabe, em combate os heróis não têm direito a repouso. É injusto, mas é assim.

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Independentemente do seu valor como árbitros de futebol, temo que muitos dos seus juízos no Tribunal de Gondomar sejam nulos ou desprovidos de autoridade. Não porque não sejam honestos ou rigorosos – mas pelo vídeo. No seu tempo, cometeram erros idênticos e foram acusados do que Luís Filipe Vieira acusa os de agora. É a vida.

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Continua de pé a hipótese de o grupo LeYa não participar na Feira do Livro de Lisboa caso não consiga alterar o regulamento, de modo a montar os seus stands. A CML lavou daí as suas mãos.

‘Educação para a Morte’, de Filipe Nunes Vicente, sairá em Maio, pela Bertrand.

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FRASES

"Fiz o meu dever, não deixei que matasse mais ninguém." António Almeida, 62 anos, que desarmou um homicida, ontem no CM

"Basta seguir meia dúzia de pessoas, afirmou Luís Filipe Vieira. Estou de acordo. Por exemplo, os avançados das equipas adversárias". João Vilallobos, no blogue Corta-Fitas

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