março 04, 2008

Blog # 42

O estado do PSD começa a dar pena – não é que ele não se mova; o problema é que quase tudo se encaminha para a catástrofe, repetindo a desgraça que foi a penosa campanha de Santana Lopes contra José Sócrates. Outros tempos. O primeiro passo foi a guerra contra as ‘elites’; o tema era justificável porque as ‘elites’ estavam amodorradas, tinham empregos e preparavam-se para assassinar Marques Mendes quando lhes desse mais jeito e houvesse oportunidade de regressar ao poder. Até aí, compreendia-se. O segundo passo foi entrar na sede do partido e concluir que não bastava ganhar as directas e matar ‘as elites’; surpreendentemente, era preciso mais, mas Santana Lopes não é o suplemento vitamínico de que Menezes precisava. Como em muitas outras crises, o remédio são ideias, projectos, objectivos. Ouvindo bem o PSD, não se descortina um. Há umas frases. Algumas delas têm sujeito, predicado e complemento directo. Mas vendo bem, referem-se sempre a coisas diferentes.

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D. José Policarpo acaba de provocar uma revolução, mas poucos o ouviram: o cardeal-patriarca de Lisboa pede que a Bíblia passe a ser lida nas igrejas e deixe de ser encarada como “um exercício individual”. Até ao século XVIII a Igreja queimava os leitores da Bíblia, culpando-os de heresia; talvez venha atrasada, mas enfim.

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O livro chama-se ‘Boris Bajanov e a Condenação de Estaline’ (ed. Guerra e Paz) – fundamentalmente, são as memórias do secretário do ditador até 1928, quando fugiu para o Ocidente.

Para quem gosta de James Ellroy, vale a pena ler ‘A Cidade Inquieta’, de Brian Freeman (ed. Presença): um policial frio, cruel, cheio de crime.

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FRASES

“Queria fazer de filho da mãe” Ricardo Carriço, ontem no CM

"Rui Costa e Camacho festejaram ontem o empate com o quinto classificado do campeonato” Rodrigo M. de Deus, no blogue 31 da Armada

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