julho 02, 2009

Blog # 387

Sophia de Mello Breyner morreu há cinco anos, cumpridos hoje. Sophia foi uma das mais importantes vozes da poesia portuguesa do seu tempo; a sua obra, atravessada pela luz de todos os sóis do Mediterrâneo, tinha razão, inteira razão: é nas suas margens que nasceu a civilização como nós a conhecemos – inclinada para Ocidente ou para Oriente, para Norte ou para Sul, mas sempre plural. Agora, que é Verão de novo, relembro os seus textos comemorando a luz da sua pátria verdadeira, a poesia. Há versos que me obrigam a revisitar mentalmente uma paisagem, uma geografia (título do mais belos dos seus livros), uma música que nunca termina. Cinco anos depois lembro o seu desaparecimento para homenagear a necessidade da poesia e de ler poesia. Como uma cura para o mal do tempo.

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O título é ‘As Suspeitas do Sr. Whicher’, de Kate Summerscale (Bertrand): um livro de mistérios bom para ler no Verão – e um regresso à segunda metade do século XIX inglês. Melhor época para a literatura de mistérios não há.

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FRASES

"Há tipos detidos de manhã e ao final da tarde estão de volta ao gamanço. Está-lhes no sangue." Guarda-freio da carreira 28 da Carris de Lisboa. Ontem, no CM.

"Não é eles cairem que é intrigante. É eles voarem." Filipe Nunes Vicente, no blogue Mar Salgado, sobre os acidentes de aviação.

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