janeiro 29, 2009

Blog # 277

John Updike, desculpem voltar a ele, não se despediu convenientemente. Lembro-me de Updike por causa de 'As Bruxas de Eastwick', de que gosto muito, e das aventuras do seu 'Coelho' – os críticos, muito globais, dizem que é a 'América profunda' que ali está. Não: é o género humano e escusam de particularizar. Aquelas mulheres de uma pequena cidade americana vivem por aqui e por ali, disponíveis para aventura e pecado, para sexo e metafísica, marijuana e elevação. O 'Coelho' sai da província e enriquece com a mesma manha aqui e ali, com mais dignidade nuns sítios do que noutros. E os personagens de 'Casais Trocados' embelezam a mediocridade da vida sem picante. Soberba imoralidade, a de Updike. A mesma de Philip Roth, em 'O Complexo de Portnoy'. A mesma com que sonhamos.

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Mais poesia para Janeiro: 'Antologia da Poesia Grega Clássica' (Portugália), com tradução e notas de Albano Martins. Quando as palavras se repetem, convém ir ao princípio de tudo. Esta poesia ainda respira o princípio das coisas.

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FRASES

"O Freeport, é um processo em que se buscam elementos de cruzamento de informação." Cândida de Almeida, DCIAP, ontem no CM.

"O tio de Sócrates é o tio que todos os políticos gostariam de ter." Paulo Pinto Mascarenhas, no blogue ABC do PPM.

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